Eliminatórias - seleção brasileira

Seleção empata mais uma em casa e é vaiada

Seleção brasileira não consegue vencer a Colômbia no Maracanã e é vaiada por 50 mil torcedores

Sem repetir o elogiado desempenho que mostrou no último domingo, contra a Venezuela, a Seleção Brasileira voltou a frustrar o seu torcedor na noite desta quarta-feira, no Estádio do Maracanã, ao ficar no empate por 0 a 0 com a Colômbia.

No entanto, mesmo sem vencer, o Brasil foi beneficiado pela derrota da Argentina para o Chile e mantém a segunda colocação, com 17 pontos, agora um a mais que os principais rivais. O líder das eliminatórias é o Paraguai, com 6 pontos de vantagem sobre a seleção brasileira.

O jogo

Com muitos passes errados no meio-campo e sem a inspiração da dupla Kaká e Robinho, que brilhou no último domingo contra a baba daVenezuela ( mas convenhamos: até o Vasco ganha da seleção venezuelana), o time nacional foi parado pelos marcadores colombianos que, sem ser ameaçados, até arriscaram jogadas no ataque no primeiro tempo.

O fraco futebol apresentado pela equipe de Dunga, que já é de praxe, e o crescente domínio dos visitantes foi seguido pela indignação dos cariocas. No entanto, aos 30min, as vaias quase foram abafadas após cobrança de escanteio de Elano pela direita, que Juan completou de cabeça após subir mais que a zaga rival. No entanto, Agustín estava bem posicionado e fez a defesa sem problemas.

Já no segundo tempo o time voltou a apresentar problemas na criação - a bola atrapalhava os jogadores - e irritou as arquibancadas novamente, que perdeu a paciência com os seguidos erros de passe. Insatisfeito com o poder ofensivo - se é que um ataque com Jô pode ser chamado de poder ofensivo - de sua equipe, Dunga apostou na entrada de Mancini aos 12min de jogo, ocupando a vaga de Elano no meio-campo. A alteração não surtiu efeito desejado, o que também já é de praxe quando Dunga se mete a fingir que é treinador.

Em seguida, o treinador teve duas baixas importantes em seu elenco e precisou esgotar as últimas substituições ao sacar os lesionados Robinho - que pareceu, na verdade, ter dado um migué porque não estava jogando nada - e Juan para as entradas de Alexandre Pato e Thiago Silva. O ex-santista, que havia recebido homenagem na véspera por um drible histórico aplicado contra o Equador, no mesmo palco, no ano passado, não foi poupado pela atuação apagada e deixou o gramado ouvindo os protestos dos torcedores, provavelmente de flamenguistas bronqueados pela não convocação de Obina, ídolo dos torcedores do Flamengo.

Sem conseguir ameaçar a Colômbia, os jogadores do Brasil mostraram empenho nos últimos minutos, mas não furaram a retranca dos adversários e ainda enfrentaram as vaias e os gritos de "olé" para os rivais nos últimos minutos de bola rolando. A seleção brasileira só volta a jogar em Março de 2009 contra o Equador.